segunda-feira, 27 de junho de 2011

Cenários

Cenário 1

Construção e analise de um cenário para um programa de televisão 
Características do Personagem
Nome: Eliza Daniella de Castro Melo
Idade: 28 anos
Profissão: Arquiteta
Estado civil: Casada sem filhos
Perfil Psicológico do Personagem
Descontraída;Comunicativa;Alegre;Educada
Simpática;Fina;Elegante;Sofisticada;Comercial
Planejadora;Organizada
Características do programa
 Nome do Programa: Casa Decorar
 Público Alvo: Mulheres
 Dirigido as Classes A e B


Cenário Real: Casa Requinte (Loja de Móveis modulados) 
 Mesmo estilo de cenário mudando de acordo com as dicas do personagem

Conteúdo do programa:
Informar dicas para os telespectadores sobre a decoração de ambientes domésticos.
Informar preços, condições de pagamentos e melhores estabelecimentos para cada estilo.

  



Cenário 2

Cenografia Publicitária Whiskas
Para o cenário em questão foi pensado em um lugar aberto e que a cena se desenvolvesse em cima de um gramado, visto que o produto é voltado para animais. Juntaram-se aspectos da área de lazer de uma casa, como piscina e bola para criar um espaço de convívio e a existência de crianças. Como o produto é voltado para filhotes, foram colocados na cena dois gatos pequenos sendo alimentados por uma pessoa. Na escolha do figurino foi pensado uma roupa mais esportiva, para dar a conotação que a pessoa se preocupa com a saúde, assim como a preocupação com a saúde dos gatos e por isso a escolha de Whiskas para filhotes.













Cenário 3

Cenografia – Programa de Entrevistas Rápidas
Para fazer a concepção do programa de entrevistas foram levados em consideração os seguintes fatores:
O tema a ser abordado, na qual o tema central é a arquitetura e urbanismo em preto e branco e que busca entrevistar pessoas envolvidas na área para discutir as faces menos abordadas sobre o tema, como o caso da recente reportagem sobre Fernando de Noronha, onde apesar de ser ponto turístico internacional, seus moradores continuam a sofrer de grandes problemas sociais e econômicos.
O tempo de exibição, que será de 15 minutos. A proposta é um bate papo rápido e terminando com algumas imagens do local.
 Como o tempo de exibição é curto, o cenário foi pensado de forma sintática e de fácil montagem. Para composição foram usados praticáveis “vestidos” de edifícios. As cadeiras e a mesa para os entrevistados seriam os mesmos. De imagem de fundo, uma imagem do skyline da cidade a ser tratado no capítulo.
Para a composição do cenário foram utilizadas apenas as cores preta, branca e as tonalidades de cinza, uma vez que o retrato que busca ser passado não é as tantas cores e as multicores das cidades que sempre vemos, mas sim aquelas que se escondem entre todas.
Já para o figurino não existe restrição. Evitar apenas o uso de acessórios ou roupas extravagantes que podem contrastar exageradamente com o cenário.



Caracterização do Cenário e Personagens do seriado Toma Lá Dá Cá


História 

Duas famílias modernas e vizinhas que se misturam em uma só. A confusão de pais, irmãos, netos, filhos e avós – postiços ou não – formam a essência cômica de Toma Lá, Dá Cá.
Com texto de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa, direção de núcleo de Roberto Talma e direção geral de Mauro Mendonça Filho. 

Elenco 

O elenco reúne Miguel Falabella, Adriana Esteves, Diogo Vilela, Marisa Orth, Arlete Salles, Stela Miranda, Fernanda Souza, Alessandra Maestrini, Daniel Torres e George Sauma e contará também com a participação especial de vários atores, entre os quais Marília Pêra, Otávio Augusto, Maria Padilha e Carlos Bonow.

Personagens 

A dona de casa Celinha (Adriana Esteves) é mulher do corretor de imóveis Mário Jorge (Miguel Falabella), mas já foi casada com o dentista Arnaldo (Diogo Vilela), com quem teve o filho Adônis (Daniel Torres). O dentista, por sua vez, está casado com a corretora de imóveis Rita (Marisa Orth), ex-mulher de Mário Jorge (Miguel Falabella).
O casal de corretores teve dois filhos, Isadora (Fernanda Souza) e Tatalo (George Sauma). Outros integrantes do humorístico são Copélia (Arlete Salles), mãe de Celinha (Adriana Esteves) e Bozena (Alessandra Maestrini), diarista que trabalha nas casas das duas famílias, que são vizinhas no mesmo prédio de um condomínio da Barra da Tijuca, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro.
A conservadora síndica Álvara (Stela Miranda) administra as atividades do condomínio e não perde oportunidade de se meter na vida dos moradores.

Cenário 

Os episódios são gravados em um estúdio na Central Globo de Produção, no Rio de Janeiro, com a participação de público. Distribuído por aproximadamente 500 metros quadrados, o cenário mostra os dois apartamentos, com um corredor no meio.

João Irênio, que assina a cenografia de Toma Lá, Dá Cá, explica que aproveitou sua experiência no teatro para criar um espaço funcional, que permite o fluxo dos atores em cena, já que os episódios são gravados sem intervalo.

As cores dos apartamentos também foram planejadas para atender ao perfil das famílias. “A casa da Rita (Marisa Orth) tem uma coloração mais quente, em tons avermelhados e alaranjados. As paredes de Celinha (Adriana Esteves) seguem a gama do azul alfazema, mas sem serem frias nem tristes. São doces e delicadas”, diz ele.

Moa Batsow, produtor de arte de Toma Lá, Dá Cá explica que o apartamento de Celinha (Adriana Esteves) e Mário Jorge (Miguel Falabella) segue a linha planejada dos condomínios da região Barra da Tijuca). “A casa, as cores, os objetos, o ar quase impessoal na decoração, tudo foi disposto e pensado nos detalhes”, diz o produtor de arte. 

As diferentes personalidades dos casais também estão refletidas nos objetos de cena.
“O apartamento de Rita (Marisa Orth) e Arnaldo (Diogo Vilela) mostra uma família que não consegue jogar nada fora. A casa tem o movimento do dia-a-dia deles.
Arnaldo (Diogo Vilela) é dentista, tem um canto de trabalho onde faz reparos e monta as próteses dos clientes. Já a casa de Celinha (Adriana Esteves) e Mário Jorge (Miguel Falabella) é organizada. Ela é uma mulher que compra tudo em televendas e por isso tem todos os forninhos, batedeiras, espremedores, máquinas e outras ‘inutilidades’ domésticas. É uma legítima dona de casa.”, descreve Moa Batsow.

Figurino 

O figurino também está alinhado. A figurinista de Toma Lá, Dá Cá, Sonia Soares, explica que buscou inspiração na moda norte-americana de Miami, para desenhar o visual dos personagens, que são moradores de condomínios. “Miami tem um clima, uma atmosfera, muito parecida com a da Barra da Tijuca. Apenas subimos o tom, porque é um programa de humor. Mas sem exageros, para que não remeta à caricatura”, conta Sonia Soares.
“Arnaldo (Diogo Vilela) é conservador;
Mário Jorge (Miguel Falabella) é solar;
Rita (Marisa Orth) é prática;
Celinha (Adriana Esteves) é feminina;
Isadora (Fernanda Souza) é ‘patricinha’;
Adônis (Daniel Torres) é gótico;
Bozena (Alessandra Maestrini) é friorenta;
Tatalo (George Sauma) gosta de grafitar suas roupas
Copélia (Arlete Salles) não tem noção da sua idade.”


Miguel Falabella /Mário Jorge

Mário Jorge (Miguel Falabella) – Marido de Celinha (Adriana Esteves), Mário Jorge (Miguel Falabella) é corretor de imóveis e já foi surfista. Ele foi casado com Rita (Marisa Orth), que também é corretora de imóveis, e compete no mercado com a ex-mulher. Sua maior preocupação é a educação dos filhos Isadora (Fernanda Souza) e Tatalo (George Sauma), de seu primeiro casamento.
 Características de Mário Jorge: metido a garotão despojado, não larga as camisas de estampas, no melhor estilo Ilha da Fantasia

Adriana Esteves / Celinha 

Celinha – Casada com Mário Jorge , é uma dona de casa exemplar. Organizada nas tarefas domésticas e vaidosa com sua aparência.
Celinha também se dedica a cuidar de Adônis , seu filho com Arnaldo , seu primeiro marido. Além disso, se preocupa com a irresponsabilidade da mãe Copélia, que mora em sua casa. Centralizadora, ela não deixa de se meter na criação dos filhos de Mário Jorge com Rita, Isadora e Tatalo
Características de Celinha: Centralizadora. Organizada nas tarefas domésticas e vaidosa em sua aparência (feminista). Romântica.
  Arlete Salles / Copélia 

Copélia – Mãe de Celinha, tem o espírito jovem e é vaidosa. Depois de incendiar acidentalmente seu apartamento vai morar com a filha, com o atual marido dela, Mário Jorge.
Copélia é espalhafatosa, que não tem receio em usar short curto, saia colada e outros adereços da moda jovem. Apesar de ser idosa, ela sempre tenta manter o seu espírito jovem, gosta de beber, de baladas e de namorar, que ela faz questão de ressaltar que é namoradeira.
O seu figurino é sempre provocante e o seu visual é “teen”, isso ocorre para ela manter a característica do personagem. E seu jeito de ser sempre entra em conflito com o resto da família e dos vizinhos. 

O conflito entre idade real e idade mental em Copélia é que da humor ao personagem.
O figurino mais trabalhoso é justamente o da Copélia, porque há um limite estreito entre ele ficar divertido e caricato - conta a figurinista do programa da TV Globo, Sônia Soares. - Este figurino é o mais inusitado, junto com o de seu Ladir (Ítalo Rossi), pelas combinações possíveis.

Fernanda Souza / Isadora (olho junto)

Isadora interpretada por Fernando Souza é a filha Celia e Mario Jorge e irmã de Tatalo. Mais conhecida pelo apelido que seu pai usa “Olho Junto” é uma jovem que gosta de chamar a atenção, do padrasto Arnaldo e madrasta Celinha. Ela tem vocação para o roubo e corrupção. Está sempre envolvida em negociações suspeitas e mirabolantes. Tem como companheira e inspiração sua avó Copélia.

O personagem apesar de se originária de uma família de classe media e com alguns problemas financeiros, está sempre bem vestida, com roupas e adereços caros que nos levam a pensar que foram conquistados nas negociações suspeitas em que ela se envolve. São retratados através de maquiagem forte, cabelo arrumado, roupas, sapatos e assessórios brilhantes e chamativos que dão a entender que o personagem sempre está preparado para baladas, para se divertir e que também tem como fonte de inspiração o estilo de ser da avó.
O estilo da roupa sempre é justo e curto ressaltando as curvas, representa o lado mais sensual e da personagem. Com relação às falas a personagem sempre utiliza termos de forma errada e com erros de pronuncia também caracterizando o lado fútil e sem conteúdo do personagem e também a lenda da loira burra.

Alessandra Maestrini /Bozena 

Bozena – Diarista que alterna o trabalho no apartamento de Mário Jorge e Celinha com a faxina na casa de Rita e Arnaldo. 

Em cada apartamento, ela segue as ordens e o estilo da patroa. Na casa de Celinha (Adriana Esteves), Bozena veste uniforme de diarista e é mais organizada. Já na de Rita (Marisa Orth), usa roupas confortáveis e reclama que a família nunca vai ao supermercado.
Com sotaque carregado, Bozena é paranaense e sempre conta histórias hilárias de sua cidade natal. A diarista transita pelas duas famílias e se envolve nas confusões que elas arrumam.

A cenografia e a telenovela

O primeiro teleteatro a usar o VT foi em ‘Hamlet’, de William Shakespeare, adaptado e dirigido por Dionísio de Azevedo, na TV Tupi. O teleteatro surge como forma visual e narrativa que dará origem às telenovelas atuais. O ‘Bem Amado’ foi a primeira novela a cor e os cenários eram verdadeiras alegorias carnavalescas.

A cenografia de novelas trabalha estereótipos como a casa de pobre, a casa de rico, o bar de periferia, a rua, a viela, cidade, como um catálogo de estilos pré-determinados. “Descobrimos um formato que não é uma coisa real, porque a gente está contando uma ficção, mas que tem elementos realistas que tornam aquilo verdade.” (Daniel Filho, 2001) Com forte alusão ao teatro a cenografia televisiva difere da teatral pelo seu espaço fragmentado como é construída. Da arquitetura ao desenho de interiores, é o espectador que a reconstrói em sua cabeça.

Os espaços são projetados separadamente para que as câmeras possam ter mobilidade para a gravação das cenas. A circulação técnica apresenta o dobro ou o triplo de espaço ocupado pelo cenário. A curta profundidade de campo da televisão permite ao cenário, soluções mais estilizadas que o teatro. Atualmente, a cenografia televisiva também é construída com materiais reais para melhor situar os atores em seu ambiente dramatúrgico, mesmo só havendo a necessidade da ‘verdade cênica’ no olhar onisciente das câmeras. (C.f. Daniel Filho, 2001).

Os cenários televisivos, principalmente para as telenovelas, são projetados com as paredes em ângulo aberto - acima de 90º - em relação às paredes do fundo de cena, possibilitando o movimento e o posicionamento adequado das câmeras. O cenário deve permitir espaço aos atores para se movimentarem em uma atuação livre e plena, como movimentos diagonais por exemplo. A marcação ideal para um ator em cena é feita por duas câmeras, assim criamos maior interesse para o espectador.

“Ao trocar o ator de posição, muda-se o fundo, parecendo que ele está em outro local, chamando a atenção do público para uma coisa nova que está acontecendo em cena.” (Daniel Filho, 2001).

A televisão, assim como o cinema, acabou incorporando elementos dos outros meios já estabelecidos como o rádio, a imprensa e o teatro. O desenvolvimento de uma cenografia televisiva com características próprias permitiu a criação de uma identidade visual estilizada e específica; os programas, os filmes publicitários e a cenografia das telenovelas foram se distanciando, conceitualmente e tecnicamente dos outros meios. O cinema e a televisão modelaram uma nova sociedade em um mundo editado e fragmentado.

Retirado da dissertação: A linguagem Cenográfica de Nelson José Urssi

Conceito de Cenografia

O conceito, do grego grapho - escrever, descrever - corresponde, nesta análise, à grafia da cena. Envolve as transformações de material humano e de predicados técnicos através e a favor de história, técnica e estética.
A cenografia responde graficamente a conceitos propostos por uma dramaturgia e abrange toda a área visual de um espetáculo (figurinos, luz, adereços e o próprio edifício teatral), configurando-se como arte e técnica de projetar, criar e dirigir espetáculos.
São varias as áreas cênicas contempladas neste estudo - como circo, teatro, cinema e eventos -, o qual também procura abordar a relação da cenografia com a arquitetura.

Conceitos em cenografia

Cenotécnica: conjuntos de técnicas empregadas na construçãod e cenários. Liga-se a termos barrocos e renascentistas, onde os cenários eram geralmente feitos com madeira, papel, tinta e tecido.

Arquitetura cênica: estruturação e organização espacial interna do edifício teatral, relacionando diversas áreas como cenotécnica, iluminação cênica e relação palco-platéia. É toda arquitetura que se relaciona mais diretamente com o espetáculo.

Aderecista: Profissional que executa as peças decorativas,e/ou os adereços cênicos do espetáculo. Faz escultura, entalhe, molde em gesso, bonecos, etc.

Cenário de Gabinete: Cenários realistas que possuem 3 ou mais paredes e reproduzem quase sempre um interior.

Cenário: conjunto dos diversos materiais e efeitos cênicos que serve para criar a realidade visual ou a atmosfera dos espaços onde decorre a ação dramática.

Cenógrafo (cenarista): faz cenários, idealiza o espaço cênico. Cria, desenha, acompanha e orienta a montagem do projeto cenográfico.

Cenotécnico: domina a técnica de executar e fazer funcionar cenários e demais dispositivos cênicos para espetáculos.

Ciclorama: grande tela semicircular (em U), geralmente em cor clara (branco, pérola, cinza ou azul claro), situada ao fundo da cena e sobre a qual se lançam as tonalidades luminosas. Fundo infinito; cúpula de horizonte.

Disco giratório: possibilita a ampliação de possibilidades cênicas. Trecho de piso em forma de disco apoiado sobre o palco ou embutido nele (no caso do palco giratório). Próprio para espetáculos com muitas mudanças de cena.

Edifício teatral: a arquitetura do teatro na sua totalidade: palco, platéia, administração, saguão de entrada, etc. construído especialmente para que haja condições ideais na encenação.

Elevadores: divisões do piso do palco com movimentação para cima e para baixo, formando degraus acima ou abaixo do nível do palco.

Espaço Cênico: onde se dá a cena. Em teatros convencionais, coincide com o palco; no alternativos, pode chegar a abranger toda a sala.

Figurinista: cria, orienta e acompanha a feitura dos trajes para um espetáculo. Possui conhecimentos básicos de estilo, costura, moda e desenho.

Figurino: vestimenta utilizada pelos atores para caracterização de seus personagens. Traje de cena que identifica local e época da ação.

Fosso de Palco ou Porão: espaço localizado sob o palco, acessível por meio da abertura de quarteladas e alçapões, onde são instalados elevadores e escadas para efeitos de fuga ou aparição em cena.

Fundo Neutro: Pano de fundo, rotunda ou ciclorama quando não há neles interferência de desenho ou elemento cênico.

Gelatina: folha de material transparente (poliéster ou policarbonato) posicionada em frente aos refletores para colorir ou filtrar luzes. Fundamental quando se usa a cor para desenhar a cenografia.

Giratório: palco em forma circular que pode ser nivelado com o piso do palco ou sobreposto a ele. Utilizado para mudanças cenográficas.

Linóleo: tapete de borracha especial colocado como forração do piso do palco com função de proteção e/ou acabamento; também utilizado para amortecer o impacto dos movimentos, especialmente em espetáculos de dança.

Manobra: conjunto de cordas que pensem do urdimento, onde se fixam as varas de cenário.

Maquete: em teatro, é o cenário em escala reduzida, tal qual vai aparecer no palco quando da encenação. Muito útil para a visualização do projeto e das marcações feitas pelo diretor.

Maquinista: profissional encarregado da manipulação dos maquinismos de um teatro. Monta os cenários.

Painel: peça vertical do cenário com chassis de madeira e forrado de tecido ou compensado. É o elemento básico da cenografia.

Palco: espaço onde ocorre as representações; tablados ou estrados de madeira fixos, giratórios ou transportáveis. Molda-se também de acordo com a platéia, que pode situar-se a frente ou circundá-lo.

Palco Elizabetano (Isabelino): tem o proscênio prolongado, com um segundo plano onde existem algumas aberturas.Apareceu na Inglaterra na época de Shakespeare, motivo pelo qual também é dito palco à inglesa.

Palco giratório: aquele cujo madeiramento não é fixo, mas sim movido por mecanismos que permitem inúmeros e rápidos movimentos cênicos. Raro no Brasil.

Palco Italiano: retangular, na forma de caixa aberta na face anterior, situado frontalmente em relação à platéia. É o mais usado no Brasil.

Pano: parte que compõe a lona do circo. Pano de corte: telão ou rotunda que divide o palco e permite o desenvolvimento de uma cena e a montagem de outra atrás. Recurso utilizado para mudanças rápidas.

Pano de terra ou piso: tecido de lona pintado e texturizado que cobre o piso do palco. Parte integrante da cenografia.

Perspectiva: representação gráfica de objetos sobre uma superfície de forma a obter deles uma visão global mais ou menos próxima da visão real. Muito usada como cenografia na pintura de telões e fundos em épocas anteriores.

Pintura de arte: tratamento de superfície; efeitos dados para criar a atmosfera do cenário.

Pintura: revestimento das superfícies dos cenários ou elementos de cena. Também dita pintura de liso.

Planta Baixa: desenho que representa todas as particularidades de um projeto cenográfico representadas numa superfície horizontal, localizando o cenário sgundo um palco em que será implantado.

Plateia: parte destinada a receber o público, que se acomoda em cadeiras, poltronas, bancos ou arquibancadas.

Porão: parte da caiza cênica situada abaixo do palco para movimentação de maquinaria cênica ou como recurso cenográfico.

Praticável: estrutura usualmente em madeira, com tampo firme, usadas nas composições dos níveis dos cenários.

Proscênio: a frente do palco. Avanço, normalmente em curva, que se projeta para a platéia. Compreendido entre a borda do piso e a linha da cortina de boca.

Quarteladas: divisão do piso do palco em pranchas que podem ser removidas.

Refletores: equipamentos para iluminação cênica montados em varas, tripés, ou posicionados no chão.

Roldana: polia de metal para cabos de aço. Essencial para as manobras.

Rotunda: grande tela preta que é montada sempre antes do ciclorama.

Tablado: palco improvisado a partir de uma estrutura de apoio com tábuas criando o piso.

Tapete: elemento da cenografia colocado sobre o piso. Usado também para absover ruídos.

Traquitana: truques feitos e idealizados por cenógrafos e aderecistas.

Urdimento: armação de madeira ou ferro construída ao longo do teto do palco para permitir o funcionamento de máquinas e dispositivos cênicos.

Vara: madeira ou cano longitudinal preso no urdimento, onde são fixados equipamentos de luz e vestimentas cênicas.

Varanda: espécie de passarela que contorna todo o urdimento. Onde circulam os cenotécnicos e se amarram as cordas e controlam-se os efeitos cênicos.

Verga: termo de cenografia correspondente à viga na arquitetura. Dá a ilusão de teto. Usada especialmente em televisão.

Vestimentas cênicas: conjuntos de elementos da cenografia e da cenotécnica que que criam o envoltório do espaço cênico e determinam sua concretude na caixa cênica.

O espaço do cenário na imagem televisiva


CARDOSO, João Bastista Freitas. Cenário televisivo: linguagens múltiplas fragmentadas. São Paulo: Annablume; Fapesp, 2009.

Cenografia é a arte/técnica de projetar e executar a instalação de cenários para apresentações teatrais, programas de tv, shows etc. É parte importante do espetáculo, pois conta a época em que se passa a história, e conta o local em que se passa a história; pelo cenário podemos identificar a personalidade dos personagens. Alguns autores confundem com um segmento da arquitetura. Entretanto, a arquitetura cênica ou arquitetura cenográfica se ocupa mais especificamente da geração dos cenários arquitetônicos internos ou externos.

Para os gregos antigos, a cenografia era a arte de adornar o teatro e a decoração de pintura que resulta desta técnica. Para o Renascimento, a cenografia foi a técnica que consistia em desenhar e pintar uma tela de fundo em perspectiva. Já no sentido moderno, é a ciência e a arte da organização do palco e do espaço teatral. A palavra se impõe cada vez mais em lugar de decoração, para ultrapassar a noção de ornamentação e de embalagem que ainda se prende, muitas vezes, à concepção obsoleta do teatro como decoração.

Cenografia na televisão

Muitas e variadas são as relações entre a linguagem da televisão e seu referente imediato, a língua da comunidade. Quando nos referirmos à linguagem da televisão, estamos fazendo alusão ao estilo de comunicação verbal empregado por esse veículo de comunicação de massa, da mesma forma como costumamos falar em linguagem dos jornais ou do rádio, por exemplo. "A televisão, em sua natureza, é composta por uma série de linguagens - apresentações musicais, dramaturgia, esporte, jornalismo, dentre outras" (CARDOSO, 2009: 63).

Um cenário é composto de elementos físicos e/ou virtuais que definem o espaço cênico, bem como todos os objetos no seu interior. Com base no perfil psicológico e econômico determinados na sinopse o espaço ganha vida com suas cores, texturas, estilos, mobiliário e pequenos objetos, todos com a finalidade de caracterizar a personagem criando ou recriando seu habitat.

A cenografia é uma arte difícil, que responde tanto à sensibilidade do criador, quanto às normas que regem todo o processo de criação artística. Neste sentido, "Cenário Televisivo - Linguagens Múltiplas Fragmentadas" serve de guia aos estudantes, na tarefa de traçar o caminho para superar seus mestres. Esta publicação é sem dúvida uma obra de referência para todos aqueles que se dedicam ou se interessam pelo estudo desta arte.

A principal questão a ser discutida na primeira parte de Capítulo III (O espaço do cenário na imagem televisiva) da obra de CARDOSO é: independentemente das especificidades de cada gênero, de que forma as tipologias influenciam a configuração do espaço de encenação? Em seguida será observado o papel do cenário na encenação e as qualidades do quadro videográfico que afetam diretamente o fazer cenográfico.

1.O cenário no espaço/tempo

Ao programas de vídeo, entre eles os televisivos, são construídos por uma sucessão ordenada de fragmentos de tempo e espaço que pouco tem a ver com o espaço e tempo real. Segundo Garcia Jimenez (apud BALOGH) o espaço na representação audiovisual nesse caso na televisão configura-se com base em certas dicotomias, como interior/exterior, natural/artificial, urbano/rural, entre outras.

A definição do estilo do cenário se deve à:

(1) Disposição dos elementos arquitetônicos e cenográficos fundo neutro, desenho, fotografia, etc.

(2) Escolha de cores tons quentes e frios, harmonia e contraste, predominância de cores, etc.

(3) Aplicação das luzes disposição, direção, etc.

(4) Características das superfícies materiais utilizados, relação com fontes luminosas, texturas, etc.

No trabalho de Orza, também é possível encontrar a tipologia e a topologia associadas diretamente à construção do texto televisivo. Baseando-se na dicotomia realidade/ficção, Orza (2002: 137-188) indica três possíveis tipos de espaços de representação na televisão em que se pode observar as relações estabelecidas entre tipologias e topologias:

(1)Discurso Referencial/Espaço real programas de telejornalismo

(2)Discurso Ficcional/ Espaço Reais representados programas de ficção

(3)Discurso de hibridização/ espaços fingidos (possíveis ou imaginados) encontram-se os programas que operam entre os limites da realidade e da ficção.

Partindo dessa conceituação, os conceitos de espaços reais, espaços reais representados e espaços fingidos remetam a espaço que tem como referencias uma realidade externa, uma interna e as duas simultaneamente.

Em topologias especificas, a divisão espacial de Orza presta auxílio ao indicar uma forma de categorização dos distintos tipos de representações cenográficas que são encontradas na televisão:

(1)Espaços naturais

(2)Espaços naturais representados: cenários construídos com materiais corpóreos ou produzidos por meio de modelagem digital.

(3)Espaços imaginários - ambientes fantasiosos estão presentes em programas de auditório, infantis, documentários, telejornais, etc.

Para finalizar, ainda em relação tipologia/topologia seja evitado aqui estabelecer limites para o cenário, não há como negar que em qualquer uma das representações apresentadas, o cenário tem um papel a cumprir e esse papel pode ser bem compreendido com base nos conceitos de figura e fundo difundidos pelos estudos da gestalt.

2.O cenário como fundo

O cenário deve ter consciência de que não está li para ser a principal atração. O que há são relações de linguagens estabelecidas entre o cenário e outros símbolos visuais os atores, os figurinos, os adereços, a iluminação, etc. verbais na oralidade dos atores/ apresentadores ou nas legendas videográficas e sonoros músicas, trilhas sonoras, efeito, fala, etc. Existe, em cada cena, uma inter-relação sígnica sem o estabelecimento de uma hierarquia.

O cenário deve ser pensado como um elemento cujo principal objetivo consiste em valorizar os gestos, movimentos e a fala do profissional do vídeo. O cenário deve na maior parte das vezes, assumir a posição de fundo de cena.

Cada cena, reduzida ao seu menor fragmento, resume-se a um quadro, uma foto videográfica (frame). A organização de quadros videograficos apresenta-se no suporte televisual por meio de planos. O plano é de certo modo. A menor unidade de significação em um programa, a unidade mínima em que se pode fragmentar uma narrativa. A significação do plano está condicionada tanto aos planos que o precedem como aos que se seguem.

Apesar de algumas diferenças de terminologias empregadas no mercado, existe no Brasil os seguintes planos:

(1)Grande Plano Geral (GPG) o cenário predomina sobre os profissionais de vídeo.

(2)Plano Geral (PG) o enquadramento não somente enquadra a personagem completa, mas também o espaço de ação.

(3)Plano Conjunto (PC) predomina aí o profissional de vídeo e o cenário começa a assumir papel de pano de fundo.

(4)Plano Americano (PA) o cenário, que nos planos anteriores ocupava parte da atenção, começa a sair de cena.

(5)Plano Médio (PM) é um dos planos mais utilizados na televisão. O cenário, neste plano, se resume a fragmentos indiciadores de um espaço.

(6)Primeiro Plano (PP) o rosto ocupa a maior parte do quadro, a cenografia se resume a luz, maquiagem, adereços, etc.

(7)Primeiríssimo Plano (PPP) a imagem se resume aos detalhes da expressão do ator.

(8)Plano Detalhe (PD) plano fechado que normalmente apresenta pequenos objetos ou detalhes do cenário.

A imagem televisual, como representação bidimensional, apresenta-se na sua forma mais elementar pela relação figura-fundo (ARNHER, 2005, P.218). A figura, em sua forma limitada, encontra-se em frente a um fundo, que sua forma ilimitada confinada por uma borda.

Segundo Arnher, Edgar Rubin descobriu que a limitada circundada tende a ser vista como figura, a circundante, ilimitada, como fundo (2005, p.219). Outro aspecto que, para Rubin (apud ARNHER,2005, P.221), leva a percepção a considerar duas formas como uma figura e outra fundo é a divisão do espaço em topologias horizontais.

3.Os elementos de configuração do cenário

No processo de criação do cenário, e também na elaboração do projeto de construção, a experiência teatral mostra a cenografia televisiva ser fundamental que, em primeiro momento, o cenógrafo compreenda a atmosfera que a direção pretende imprimir ao programa. De modo geral, a criação deve iniciar o processo a partir da leitura da sinopse e das informações passadas pela direção sobre o que ela deseja em termos visuais.

Um cenário é harmonioso quando todos os elementos visuais atuam no mesmo sentido, sendo cada um deles fundamental ao todo. O cenógrafo, neste sentido, deve considerar o cenário a partir de uma função provocatória, tanto no sentido do gesto como na significação de suas falas.

O que deve interessar ao cenógrafo são as mensagens contidas no texto, definidas na leitura da sinopse e/ou roteiro e nas reuniões com diretor e elenco, e o impacto deseja para a encenação. O impacto que o cenário causa visualmente é mais importante do que a forma como ele é produzido ou os materiais com que é confeccionado. O impacto visual é normalmente determinado em um esboço que deve traduzir plasticamente o conceito do cenário, transmitindo visualmente o conteúdo e a atmosfera geral do programa.

É importante ter em mente que o espaço cênico apresentado em um plano conjunto, mostrando todos os elementos de composição da cena, como em diversos planos mais fechados.

É preciso que o cenógrafo e seus assistentes tenham habilidade para visualizar escalas e peças tridimensionais, habilidade e conhecimento de técnicas de perspectivas, conhecimento de elaboração das plantas, das elevações, dos detalhes e de outras especificidades de projeto, tenham conhecimento de materiais suas texturas, resistências, efeitos. e também conhecimento geral da cenotécnica, para que seja possível controlar o processo ate a fase de instalação.

A escolha dos materiais para confecção de peças será determinada no detalhamento técnico do projeto e no estudo deste com a cenotécnica, e será definida com base nos seguintes critérios: impacto que se deseja causar na cena, espaço onde o cenário será instalado e forma como o cenário será instalado. As dificuldades financeiras exigem criatividade do cenógrafo, com a utilização de materiais alternativos.

A estrutura do cenário é composta por um conjunto de peças, muitas vezes modulares, que ocupam todas as dimensões do espaço cênico. Na televisão, os painéis que servem para a composição do cenário de diferentes formatos e cores são conhecidas como tapadeiras. Outros termos comumente associados às tapadeiras são: bastidor e trainel. O bastidor é basicamente um chassi de madeira, sobre o qual se entela um pano, colocado nas partes laterais do palco.

O praticável, outro tipo de peça muito comum no espaço cênico, é basicamente uma plataforma, usualmente de madeira, com tampo firme, usado nas composições dos níveis de piso dos cenários.

4.A tela videográfica

A representação videografica constitui-se, na realidade, de uma imagem iridescente, composta, simplesmente, por pontos de luz (pixels) vermelhos, verdes e azuis que se distribuem na tela compondo o quadro videografico.

Outro aspecto que deve ser considerado na imagem videografica diz respeito à dimensão.

A dimensão existe no mundo real. Não só podemos senti-la, mas também vê-la, com o auxilio de nossa visão estereótica e binocular. Mas em nenhuma das representações bidimensionais da realidade, como o desenho, a pintura, a fotografia, o cinema e a televisão, existe uma dimensão real; ela é apenas implícita (DONDI, 2003: 73).

A representação de um espaço tridimensional como no espaço cenográfico em uma imagem bidimensional como a imagem videográfica depende da visão.

Tratando especificamente das imagens tridimensionais, Aenheim afirma: os objetos podem participar da terceira dimensão de dois modos: afastando-se por inclinação do plano frontal e adquirindo volume ou rotundidande (2005:247). Esses modos de obter o efeito de tridimensionalidade, na superfície plana, são possíveis por meio de algumas técnicas, então: a perspectiva de campo, os contrastes de escalas, as variações tonais de claros e escuros e os efeitos de luzes e sombra.